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Dilma fala em “crise” e defende ajustes
Postado em 27/03/2015
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira os ajustes de seu governo para a economia e disse que eles são necessários para superar a crise na área. "Estamos entrando em uma nova fase de enfrentamento da crise. Não é que vamos voltar para trás. Queremos melhorar ainda mais o que já conquistamos. É por isso que estamos fazendo esses ajustes", disse a presidente durante discurso em Araguari (MG), onde entregou imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida.
Dilma voltou a falar que o Brasil reduziu desemprego e aumentou a renda média enquanto outros países viviam uma crise que cortava vagas de trabalho, a partir de 2008.
Na visita, a presidente disse que vai lançar o Minha Casa, Minha Vida 3, com a entrega de mais de 3 milhões de imóveis até 2018. Segundo ela, até agora foram entregues mais de 2 milhões de moradias pelo programa.
Após o discurso, Dilma deu entrevista, mas não respondeu a perguntas feitas por jornalistas sobre a lista de políticos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nem sobre a crise na relação do governo com o PMDB.
Ela falou, porém, sobre a suspensão do Minha Casa Melhor, programa de aquisição de eletrodomésticos. Segundo Dilma, o governo está revendo o programa devido à inadimplência dos beneficiários.
Planejamento
Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, afirmou "no momento" o governo não prevê aumento de impostos para fechar as contas públicas. As declarações foram dadas em evento para empresários na Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.
"Não vou dizer que está tranquilo mas estamos confiantes que as medias adotadas até agora serão capazes de cumprir a meta de ajuste fiscal. Mas o plano de voo é periodicamente ajustado e as reuniões para discutir as questões orçamentárias acontecem de dois em dois meses.
Neste momento não há previsão de adoção de nenhuma medida adicional. Adotamos as medidas necessárias mas o Congressso é soberano."
Barbosa afirmou também que, passada a fase de ajuste fiscal e o cumprimento das metas de superávit primário, a economia deve levar de seis a nove meses para retomar o crescimento. "O padrão da economia brasileira é de se recuperar rapidamente", afirmou aos empresários. Ele disse acreditar que já no segundo semestre a economia "vai se recuperar", mas "talvez não seja suficiente para voltar para uma variação positiva no ano".
Fonte: Folha.com